Plano Real
É imprescindível fazermos um breve relato da situação econômica antecessora do Plano Real e assim conseguir nos situar de qual momento vivia a economia brasileira naquela época; cabe realçar que foram diversas tentativas frustradas de estabilização econômica, que antecederam o Plano Real, portanto o Real seria mais uma tentativa em menos de dez anos, isto é, tentativa de controle inflacionário e transferência para o Estado dos agentes econômicos, que não podem ser controlados.
Início de 1991, o cenário macroeconômico não poderia ser pior, a credibilidade da equipe econômica baixara muito e duras críticas á condução da política econômica. Teve grande repercussão o anúncio da queda recorde do PIB em 1990, o desemprego subia e só na indústria paulista foram demitidos mais de 225 mil trabalhadores durante o ano e em janeiro de 1991 mais 70 mil demissões, além da forte ameaça inflacionária escapar do controle da política econômica.
Este período estava retratando mais um exemplo das limitações na execução de políticas sob pronúncia de volatilidade nas expectativas. Em fevereiro de 1991 a inflação já superava 20% e houve novo congelamento dos preços. Os principais objetivos do segundo Plano Collor foi o de estabilizar o processo inflacionário, equilibrar as finanças públicas, cortando basicamente despesas, privatizando a economia e modernizando o parque industrial.
Segundo o livro A Era do Real “Os