Plano de Metas

Plano de Metas
O plano de metas é um caso extremamente bem sucedido de formulação e de planejamento econômico no país. É um dos mais emblemáticos em termos de planejamento econômico, pois ele, diferentemente dos planos anteriores, custou a fazer uma articulação entre os investimentos privados externos e os internos. Associados a esses investimentos estava a participação do Estado brasileiro. E de certa maneira, conseguiu articular tanto a iniciativa privada mais o Estado brasileiro em prol do processo de industrialização. Sua elaboração teve participação do grupo BNDE-CEPAL, os quais identificaram os pontos de estrangulamento. Dentro disto, a ideologia do plano de metas da década de 50 era a ideologia desenvolvimentista, e este era sinônimo de industrialização. Ser um país desenvolvido era ser um país industrializado.
Os setores atacados por este plano foram o setor de energia elétrica, transporte, siderurgia e refino de petróleo. Na energia teve o investimento em construção de novas e enormes hidrelétricas; no transporte houve a mudança na priorização do transporte ferroviário para o rodoviário; na siderurgia e refino de petróleo houve o aumento no investimento da capacidade das siderúrgicas, ou seja, no fornecimento de bens intermediários.
O crescimento industrial do período, o plano de metas foi calcado na produção de bens de consumo duráveis, como automóveis, linha branca e linha marrom, os quais alavancaram o crescimento industrial. O tripé do plano vai ser feito nas chamadas empresas estatais, principalmente das fornecedoras de insumos, no capital privado externo e no capital privado nacional. As empresas estatais ficavam responsáveis pela produção de insumo, principalmente siderurgia, carvão, níquel, ferro e zinco. O capital privado externo fornecia tecnologia através das multinacionais e o capital privado nacional fica a mercê desse capital privado externo. Ficou totalmente subordinado e tendo um papel secundário no processo de industrialização,