Plano de metas

O Plano de Metas
A economia brasileira se recuperava dos efeitos da depressão dos anos 30, com o início de um longo ciclo de expansão, nos anos anteriores ao governo de Juscelino Kubitschek. Através de transformações na estrutura produtiva, as mudanças econômicas e sociais mais significativas se fizeram sentir ao longo de todo o período. A partir da implementação do programa de Metas, o quadro muda radicalmente: o setor agropecuário perde espaço para o setor industrial.
JK procurou reverter o sinal de atraso econômico com fortes investimentos públicos e privados nos setores industriais e de infraestrutura econômica, reunidos no Plano de Metas. O sucesso desse plano foi confirmado no comportamento do PIB, onde entre 1957 e 1960 a economia cresceu, respectivamente, 7,7%, 10,8%, 9,8% e 9,4%. Porém esse sucesso não se teve ao comportamento da inflação, das financias públicas e das contas externas do Brasil. Ao término dos cinco anos de mandato, a inflação girava em torno de 30% a 40%. Com relação às contas públicas o déficit federal dobrou em termos reais entre 1956 e 1963.
A partir de 1940, ocorreu uma maior intencionalidade no processo de substituição de importações, que passa a ser dirigido pelo governo, valendo-se, dentre outros instrumentos, de seletividade no mercado de câmbio.
Devido às dificuldades de se praticar políticas fiscal e monetária ativa na época, a política cambial terminou sendo o principal instrumento de política econômica do governo brasileiro. Devido as escassez de dólares, tornou-se necessária a criação dos mecanismos de alocação de divisas escassas. Foi à instrução 70 da Sumoc que eliminou o controle de licenças de importação até então em vigor, substituindo-o por um sistema de leilão de divisas. O sistema de taxas de câmbio múltiplas inaugurado com a instrução 70 vigorou até março de 1961. Essa Instrução foi complementada por outra, esta com grande impacto na economia brasileira, a de número 113. Na prática a instrução se mostrou um