Plano de metas
PESQUISA SOBRE O PLANO DE METAS
O PLANO DE METAS
O Plano de Metas consistiu em um conjunto de 30 metas setoriais, além da meta que sistentizava o idealísmo, a construção de Brasília; totalizando 31 metas. Estas metas orientaram a configuração de amplos projetos estatais de infra-estrutura, além de balizar a atuação do Governo na articulação de grandes somas de investimentos privados de origem externa e interna, destinadas a áreas como indústria automobilística, construção naval e construção aeronáutica, englobando aqueles setores em que o diagnóstico da época apontava serem de significativos efeitos interindustriais de cadeias produtivas, a montante e a jusante.
Para configurar o plano, o Governo Juscelino Kubitschek utilizou, de forma inovadora no Brasil, o instrumental de planejamento, técnica então recémintroduzida no país, para sintetizar a sua proposta política de desenvolvimento industrial acelerado. Naquele momento, a ideologia desenvolvimentista, identificada com a industrialização, tornava-se a palavra de ordem de vencimento da condição de subdesenvolvimento. Para tanto, impunha-se o desenvolvimento industrial do departamento produtor de insumos básicos – bens de capital e insumos industriais –, propiciando o avanço da indústria de bens duráveis, na qual a indústria automobilística era o principal elemento.
O Plano de Metas, mesmo apresentando uma certa continuidade nas ações estatais em favor do desenvolvimento, marcava uma mudança significativa de concepção com o Governo anterior de Getúlio Vargas, cujo projeto era nacionalista. No caso do Governo Juscelino, havia uma clara aceitação da predominância do capital externo, limitando-se o capital nacional ao papel de sócio menor deste processo. Os grandes investimentos estatais em infra-estrutura, bem como as empresas estatais do setor produtivo, estariam a serviço da acumulação privada.
Para a elaboração do Plano de Metas foram aproveitadas algumas