Graça
A maioria dos afro-americanos são descendentes de escravos que foram trazidos da África para a América do Norte e o Caribe entre 1609 e 1807, durante o tráfico negreiro, a maioria dos quais chegou no século XVIII. A maior parte era oriunda da África Ocidental e da África Central. Uma minoria é de origem recente, sendo imigrantes da África, do Caribe, da América Central e daAmérica do Sul.
O primeiro registro da presença de africanos na América Britânica remete ao ano de 1619, sob a condição de trabalhadores não remunerados em Jamestown (Virgínia). Como muitos colonos ingleses estavam morrendo devido às condições adversas a que eram submetidos, aumentou gradualmente a importação de trabalhadores africanos. Por muitos anos, os africanos ficaram numa posição legalmente similar a dos colonos ingleses pobres, pois muitos colonos ingleses tinham que trabalhar de graça em troca da passagem para a América. Os africanos criavam famílias, casavam-se com outros africanos e às vezes se mesclavam com índios e ingleses. Uma concepção racial da escravidão só se desenvolveu completamente no século XVIII. Por volta de 1775, os africanos perfaziam 20% da população das Treze Colônias, fazendo deles o segundo maior grupo étnico, depois dos ingleses. Por volta de 1860, havia 3,5 milhões de escravos nos Estados Unidos e 500.000 afro-americanos livres. Em 1863, durante a Guerra Civil Americana, o então presidente Abraham Lincoln assinou a Proclamação da Emancipação, que declarava que todos os escravos estariam livres.
Quem é afro-americano?
Com o advento das leis discriminatórias, foi necessário definir quem era negro nos Estados Unidos. Foi aplicada a "One-drop rule" ("regra de uma gota") que dizia que qualquer pessoa com qualquer tipo de ancestralidade africana, mesmo que muito pequena, fosse considerado negro. O estado do Tennessee adotou a "regra de uma gota" em 1910, seguido pela Louisiana. DepoisTexas e Arkansas em 1911, Mississippi em 1917, Carolina do Norte em