Plano de aula
A igreja tinha grande poder e influência na sociedade teresinense. Era contra essa influência que literatos como Abdias Neves r Higino Cunha se debatiam.
Os católicos desenvolveram toda uma prática discursiva que objetivava prescrever modelos de vivência familiar criando um saber, uma verdade sobre essas relações, ao tempo em que definiam as práticas e os padrões modelos que deveriam balizar dar significado às identidades de gênero que fossem compatíveis com as ideias e paradigmas católicos, fundamentais em rígidos princípios morais e teológicos.
Elias Martins representava os clericais, que naquele momento entravam em ferrenha disputa contra os advogados da razão. A disputa de poder que estava por debaixo dos artigos violentados trocados entre os literatos e jornalistas se realizava, porém, através de refleções sobre questões religiosas antigas em torno dos dogmas católicos e cristãos: discutia-se o livro-arbítrio, a virgindade de Maria, a fé, a santíssima trindade e contrapunha-se a elas os avanços da ciência. Elias Martins estava ao lado dos dogmas, mas principalmente da fé.
Preocupados com a perda dos valores que caracterizavam a identidade da sociedade justa cristã em Teresina, põem a defender os costumes de várias formas.
Para Elias Martins, a ameaça à moral cristã vinha de fora: ou das universidades pagãs, ou de outros países. O próprio cinema, por exemplo, invenção americana, era uma incurção de protestante no seio do povo católico. Os costumes brasileiro e piauiense estavam se perdendo graças a influência externa e ao desenvolvimento do capitalista.
Objetivando claramente desenvolver uma prática escriturística dos comportamentos femininos, criando uma verdade sobre as funções sociais das mulheres, seu lugar privilegiado na família como esposa e mãe, e ainda, a afirmação contundente do papel masculino de provedor material.
“No discurso católico que objetivava escrever uma verdade sobre a família e sobre as