plano de aula
No contexto educacional brasileiro, apesar da existência de políticas públicas que garantem direitos igualitários à educação (Constituição Federal 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira 1996), inúmeros grupos sociais em situação de desvantagem socioeconômica permanecem à margem do sistema educacional, como é o caso, por exemplo, de pessoas com deficiências, de crianças e jovens indígenas, quilombolas ou daquelas que vivem em áreas remotas ou nas ruas. Por outro lado, as crianças, jovens e adultos de grupos vulneráveis que têm acesso à educação, com muita frequência, encontram-se em permanente risco de exclusão por razões distintas, entre as quais, podemos citar a crença de que esses estudantes não são capazes de aprender, o não acesso a determinados conteúdos curriculares e a experiência contínua de discriminação e maus tratos sofridas tanto na família como na escola (Ferreira et al. 2002, SCS 2003). Muitos estudantes encontram barreiras para se ‘encaixar’ no esquema escolar rígido que ignora sua realidade cotidiana de vulnerabilidade social ou o simples fato de que muitos estudantes não encontram na escola sentido para suas vidas...
Podemos compreender a razão pela qual, no Brasil, a maioria das pessoas com deficiência ainda continuam do lado ‘de fora’ dos muros das escolas: entre a população brasileira existe uma forte descrença na capacidade cognitiva dessas pessoas, assim como há uma tendência para não considerá-las capazes de desenvolver atitudes e cidadania responsável, terem criatividade ou serem produtivas (Ferreira 2004).
No âmbito da escola e do processo de escolarização, portanto, a diversidade humana representa as diferenças nos estilos, ritmos, necessidades, interesses, histórias de vida e motivações de cada aluno (a). Diferenças essas que devem ser (re) conhecidas, compreendidas e valorizadas pelos docentes como um recurso importante para ensinar a todo (a)s os estudantes na classe.
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