plano cruzado
Tabelamento de preços foi uma das principais medidas do Plano Cruzado.
O plano foi uma tentativa de acabar com a inflação crônica da época.
O tabelamento de preços de produtos nos supermercados foi uma das principais medidas do Plano Cruzado, projeto econômico do presidente José Sarney para o Brasil anunciado no dia 28 de fevereiro de 1986 -período da hiperinflação no país.
Com a tabela da Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento e Preços) em punhos, a população saía às compras e aproveitava para verificar se os estabelecimentos estavam respeitando a lei que congelava os valores dos produtos.
As donas-de-casa e consumidores que levavam as tabelas para os supermercados foram apelidados de "fiscais do Sarney", já que muitos denunciavam a remarcação de preços irregular.
O plano foi uma tentativa de acabar com a inflação crônica da época, que chegou a impressionantes 300% ao mês, e estabilizar a economia.
Além do congelamento de preços, o plano econômico determinou que o cruzeiro (a moeda corrente no período) fosse substituído pelo cruzado com o corte de três zeros. Um mil cruzeiros virou um cruzado.
Os salários foram congelados e passaram a ser corrigidos anualmente ou a cada vez que a inflação atingisse 20%. O plano também determinava a extinção da correção monetária e a criação do seguro-desemprego.
Todas essas medidas visavam conter o aumento inercial dos preços na economia, que acontecia justamente pela injeção de moeda, decorrente de uma economia indexada. Com salários e preços estagnados, acreditava o governo, a inflação não persistiria.
Na prática, o plano fracassou em pouco tempo. O congelamento levou a uma situação de festa do consumo, que pouco depois se tornou uma crise de abastecimento, numa economia superaquecida. Três meses depois do início do plano já se pensava em uma saída para a situação, levando ao Plano cruzadinho, de dois meses depois, a fim de