Planejamento em Saúde e Epidemiologia
Luís David Castiel; Francisco Javier Uribe Rivera
Escola Nacional de Saúde Pública — FIOCRUZ-RJ
Este artigo, discute a relação entre a epidemiologia e os métodos de planejamento das atividades de saúde pública no Brasil. Para isso foram apresentadas de forma resumida as atuais tendências das duas disciplinas. E apresenta razões para explicar o porque do fracasso do planejamento em saúde no Brasil e qual é o papel da epidemiologia nesta situação.
O planejamento em saúde e a epidemiologia, são conteúdos que constituem a saúde pública. O instrumental epidemiologico visa conferir uma maior racionalidade técnica á elaboração e implementação dos planos e programas em Saúde Pública.
O planejamento em saúde pode ser considerado ao mesmo tempo como instrumento de intervenção social e como técnica.Tem como origem o planejamento econômico, racionalizando recursos escassos, dai vem uma necessidade de escala de prioridades.
O planejamento em saúde tem como características:
--> "ser voltado para o futuro;
--> visar objetivos determinados;
--> implicar a existência de um sujeito;
--> implicar a escolha de caminhos ou ações alternativas;
e) considerar o ponto focal do planejamento como o ato de escolher entre meios alternativos visando a fins desejados (que é o item anterior). Whittaker Ferreira diz que o planejamento é o contrário da improvisação.
O planejamento engloba a política e técnica. O processo de planejamento,é relacionado à noção de racionalidade técnica (reducionismo tecnocrático). Esta concepção percorre todas as fases do processo, que são: a análise da situação; a determinação de prioridades; formulação de metas, objetivos e estratégias para resolver os problemas diagnosticados e a execução e avaliação dos resultados obtidos.
São considerados dois modelos básicos de metodologia de planejamento de saúde:
1) baseado na população, ou nas necessidades de saúde;
2)