Planejamento anual
Compreender a dança como meio de desenvolvimento de valores e atitudes (afetividade, confiança, criatividade, sensibilidade, respeito às diferenças, inclusão).
“O afeto se expressa no corpo. Porque exige postura, tomada de posição, opção, vontade e desejo de comunicação, para deslocar-se em qualquer direção, com qualquer escolhido tônus”. (Denise Stoklos, 2002) “As práticas corporais podem, assim, ser configuradas como expressão concreta de possibilidades de educação do corpo, de descoberta de prazeres. São discursos que movimentam ideais de corpo, saúde, beleza, felicidade humana e revelam segredos e desejos ocultos de indivíduos e das sociedades que as criam e destroem. Pode-se afirmar que são verdadeiros palcos onde se encenam aspectos da vida” (Carmen Lúcia Soares, 2002) A vivência da dança é uma grande possibilidade de experimentação cultural, mas também uma oportunidade ímpar para possibilitar o desafio corporal de escolher e experimentar uma série de valores sem os quais dançar é apenas um movimento mecânico, sem sentido, sem vida. Mais do que falar de valores, podemos na dança incorporar ou expressar valores corporalmente e mais verdadeiramente. Se tenho resistência, é preciso vencer corporalmente o preconceito ou a timidez. Não basta reconhecer essa resistência, é preciso exercitar essa ruptura. Se sei dançar, é preciso acolher aquele que quer aprender. Meus gestos e expressões, mais do que minhas palavras, dirão se desejo me relacionar de forma solidária com meu (minha) parceiro (a) de dança, me dispondo a ensinar-lhe um pouco daquilo que conheço ou se terei desprezo por aquele com quem danço, expresso em meu rosto e na forma de dançar. Para se deixar levar numa dança de salão, por outro lado, é preciso confiar nos passos daquele (a) que me conduz, acreditando que irá respeitar meus