Pixação e Cultura Popular

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP
Faculdade de Ciências Sociais
São Paulo, 18 de outubro de 2013

Trabalho de Antropologia VI
Pichação e cultura popular

Nome: Bianca Fernandes Fasano
Matricula: RA00094580
Objetivo: Este trabalho tem como objetivo analisar o fenômeno da pichação, seus símbolos e significados dentro da cultura popular de maneira a relacionar com o conceito de cultura popular, hegemonia, contra cultura, mediações culturais e produção cultural retirado dos seguintes autores: R. Williams, A. Gramsci, J.M. Barbero.
Não há como andar pelas ruas de São Paulo e não notar a presença dos pixos, o grafismo urbano toma muros, janelas, prédios etc. suas escritas chegam a lugares consideráveis impossíveis de se alcançar por aqueles que não têm a mesma consideração pela pichação como tem os pichadores. A pichação é também a assinatura do direito à cidade, um movimento por vezes surdo e cego para resto da sociedade, precário em sua retórica, mas que, em sua forma e conteúdo, sinaliza a necessidade do debate ao espaço urbano. Praticada por uma maioria jovem de classes baixas e residentes de áreas periféricas a pichação ainda que não seja considera pelo consenso social como cultura popular é a expressão exata de uma cultura popular periférica juvenil, a necessidade de se propagar o nome e firmar uma existência forte dentro do meio desse meio faz com que os pichadores estejam presentes em diversos cantos da cidade, ainda que não fisicamente, no momento em que se inscreve a assinatura nos muros o pichador se transforma em personagem urbano torna-se visível e marca sua existência, observa-se assim uma forma de apropriação do espaço urbano que transcende as fronteiras do local de pertencimento para se expandir por toda a cidade, através de uma rede de relações os jovens pichadores se tornam “protagonistas sociais”. A estética da brancura ou do liso dos muros, hegemônica em uma sociedade que preserva o ideal da limpeza