Pistas visuais no tratamento da doença de parkinson
A Doença de Parkinson (DP) foi descrita pela primeira vez por James Parkinson, em 1817, e se caracteriza classicamente por quatro sinais: tremor de repouso, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural, causados pela diminuição na produção da dopamina, na substância negra do mesencéfalo. Após sua primeira descrição, muitos consideraram sua etiopatogenia obscura, sendo, portanto, considerada uma doença idiopática. Sua prevalência aumenta com o avançar da idade, chegando às proporções de 2,6% da população acima de 85 anos. O tratamento sofreu uma revolução nos anos 60, com a introdução do fármaco Levodopa, um precursor da dopamina. Com o passar dos anos, descobriu-se que o tratamento medicamentoso surtia efeito apenas nos primeiros anos da doença e que, com a progressão da mesma, iniciavam-se alguns efeitos deletérios, com piora do quadro motor. Começava então, a procura por tratamentos alternativos, como as intervenções cirúrgicas e novas técnicas fisioterápicas. Em 1967, Martin e cols. foram os primeiros a utilizar pistas visuais como coadjuvantes no tratamento da bradicinesia da marcha do paciente parkinsoniano. Em seus estudos, concluiu-se que linhas transversas, paralelas entre si, de coloração contrastante com o solo e com a distância de um passo entre elas, seriam eficazes como pistas visuais, facilitando a marcha do paciente com DP. O objetivo deste trabalho é resumir as evidências de outros estudos que utilizaram as pistas visuais no tratamento da marcha do paciente com DP, suas hipóteses e conclusões. Palavras – chave: Doença de Parkinson/ Parkinson disease; pistas visuais/ visual cues/cueing; marcha/ gait. 1. Materiais e métodos
Esta revisão bibliográfica é um estudo retrospectivo realizado com artigos científicos, escritos entre 1996 e 2007, que apresentassem palavras-chaves relacionadas ao tema em questão. Foi utilizada como base de dados a Medline/Pubmed, a Scielo, e a Science Direct e