Piso permeavel
O crescimento acelerado das cidades vem contribuindo para a ampla impermeabilização do solo urbano, através das inundações que se repetem e se agravam a cada ano, creditando-se a isso a responsabilidade por 50% do total de vítimas das catástrofes naturais do mundo entre 1966 e 1990 (Chocat, 1997, apud Laura, 2005, p.1).
Com essa crescente impermeabilização devido às vias pavimentadas e o número excessivo de construções torna-se prejudicada a drenagem da água através do solo, o escoamento, e o retorno ao lençol freático, resultando em alterações nos leitos dos rios e dos canais e aumento no volume e constância das enchentes. Em uma área com cobertura vegetal, 95% da água da chuva penetra no solo, enquanto que nas áreas urbanas este percentual cai para apenas 5%.
Além dos impactos decorrentes diretamente do escoamento da água, o resultado dessa ação antrópica é o aumento das enchentes e inundações, e a degradação da qualidade das águas com acréscimo da produção de lixo provenientes das ruas e calçadas que acabam sendo levados para os rios e canais durante as enxurradas. Com isso, uma das técnicas eficientes de controle destes impactos é a utilização de pavimentos permeáveis, que podem ser utilizados como via para pedestres, estacionamentos e para tráfego de veículos, ao mesmo tempo que permitem a infiltração da água.
Segundo (Urbonas e Stahre, 1993) pavimento permeável é um dispositivo de infiltração onde o escoamento superficial é desviado através de uma superfície permeável para dentro de um reservatório de pedras localizado sobre a superfície do terreno. Estes tipos de pavimentos contêm o escoamento superficial em até 100%, dependendo da intensidade da chuva, e prorroga a chegada da água ao subleito limitando a erosão.
Vários países realizaram pesquisas com o propósito de desbravar a técnica do pavimento permeável, de avaliar seu comportamento, eficiência e durabilidade, e tiveram sucesso, e percebe-se que no Brasil esse mecanismo ainda é