Pisicologia instituciuonal

Loucura Instituída

Roberto Amaral
Victor Tavares

Em “Loucura Metódica e Clínica Grupal com Psicóticos – A Grupalidade que os Especialistas não Entendem”, Antônio Lancetti nos ajuda a ter um deslumbramento de uma clínica totalmente diferenciada das que costumamos ver, nos mostra com clareza o relato de formas de tratamento com psicóticos que não se costuma ver e que pode ser inclusive, o mais perto que já se chegou de uma real Reforma Psiquiátrica. A clínica grupal nasceu nas iniciativas de reforma das intituições totais e no trabalho com doentes mentais, mas são poucos os textos ou relatos desse tipo de clínica. A forma como as coisas se dão, quando se deixa um pouco de lado o SABER psiquiátrico, psicológico e psicanalista, dando lugar a uma forma de tratamento que ao invés de deixar o louco em um lugar de doente, incapaz, sem consciencia de seus atos e sem subjetividade, dão a eles uma oportunidade de se colocar, de estar presente no seu tratamento e no de outros. Estar falando do lugar de alguem que vive aquilo, que pode falar de forma privilegiada e autêntica sobre as enfermidades sofridas por todos ali presentes. Assim lhes dando uma oportunidade de subjetividade e de uma contrução de personalidade, que a todo momento lhes é privada. Essa oportunidade de dar lugar, importância e legitimidade ao fato de se estar louco, dá a eles mais que uma opção de tratamento, dá lugar a sua loucura como elemento essencial de sua existência e funcionamento, não separa a psicose do sujeito e não priva sua capacidade de ser sujeito. A constante prática de neutralizar a falta de razão, que está presente na psiquiatria, psicologia e psicanálise servem como alicerce que mantem de pé os muros da intituição. Numa clínica com psicóticos baseada em uma Reforma Psiquiátrica é indispensável que se deixe acontecer, deve-se derrubar definitivamente os muros em que se encontra a loucura, estando ali, simplesmente como terapeuta capaz de