piscologia 2
O chamado “jeitinho brasileiro” é reconhecidamente uma das principais características do povo brasileiro e para muitos a principal “marca” que nos dá um “toque” especial em relação aos demais povos da terra. Contudo, essa “marca”, esse “rótulo” “made in Brazil” provoca diversos questionamentos em todos nós, principalmente naqueles que primam pela honestidade, pelo caráter, pela idoneidade e pela ética. Podemos citar, por exemplo, a goleada que a seleção brasileira sofreu diante da Alemanha no dia oito de julho de 2014, quando o time canarinho perdeu por sete a um! O fato pode parecer fora de questão, mas não está! Ao ver o time que representa o país, o qual sediava a Copa do mundo, perder dentro da própria “casa” e com um placar tão elástico, a população ficou perplexa, paralisada, “sem chão” moral! E agora? E o tal “jeitinho brasileiro”? Será que faltou esse “jeitinho”, ou foi justamente por acreditarmos nesse “jeitinho”, na “sorte” que o brasileiro acostumou a acreditar que tem, que nós assistimos, ao que parecia impossível, uma cena tão marcante como aquela? Começamos então a ouvir falar, de forma contundente e voraz, em planejamento, em sistematização, em preparo organizado da seleção. Mesas redondas foram organizadas, e ainda são, para discutir o futuro da seleção, a qual não pode mais entrar em campo acreditando na “sorte”, no “jeitinho brasileiro”. Passando do coletivo para o pessoal, o tal “jeitinho brasileiro” está presente nas cenas cotidianas, quando o indivíduo suborna o “guardinha”, fura a fila da padaria, da lotérica, do banco, do INSS e tantas outras filas. Esse “jeitinho brasileiro” pressupõe que é mais vantajoso, que é uma característica dos mais “espertos”, dos mais “vivos”. Em oposição ficam àqueles que primam pela honestidade, pela cooperação, pela solidariedade. Esses, passam a ser vistos como “otários”, “caxias”, “certinhos”, “bobos”, entre