pilha de limão
Era o ano de 1767 e os alunos observavam atentos enquanto o professor Luigi Galvani retirava a pele de um sapo para mostrar o processo de dissecação. De repente, ele tomou um susto ao ver que o sapo morto se mexera. Como bom cientista, ele não acreditava em sapos fantasmas e resolveu investigar por que aquilo acontecia. Então concluiu que o bisturi de aço e a bancada de zinco haviam produzido uma corrente elétrica que contraíra os músculos do sapo. Depois ele escreveu um livro sobre o assunto, mas a questão não parece ter ido muito além desse ponto. Coube ao seu inimigo acadêmico Alessandro Volta, um professor de física da Universidade de Pádua, o aperfeiçoamento da descoberta. Pesquisando mais sobre o assunto, Volta descobriu a origem da eletricidade atmosférica e inventou o electróforo e o condensador. Ele também percebeu, a partir das experiências de Galvani, que dois metais diferentes, mergulhados em ácido sulfúrico, produzem corrente elétrica, e assim surgiu o elemento voltaico, ou volt, que teve esse nome em sua homenagem. Foi desse modo que, em 1800, Volta produziu a primeira pilha elétrica do mundo. Ela era composta de uma série de discos de prata e zinco, colocados em pares e intercalados com folhas de papelão saturadas em água e sal. A corrente era produzida quando o disco de prata do todo se conectava com um arame ao disco de zinco que ficava embaixo. Em 1801, Napoleão Bonaparte assistiu à apresentação dos experimentos de Volta e congratulou-o com uma medalha, uma pensão vitalícia e uma moeda cunhada em sua homenagem. Se Galvani não estivesse morto, certamente morreria de raiva com o sucesso de seu adversário.
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