Peça Inocência
O dia é chuvoso. O Doutor, sentado em sua cadeira, como o de costume. Em sua carreira já havia visto casos perigosos ou enigmáticos, mas nenhum se compara a este a sua frente.
13 anos, o jovem não parecia tenso. Parecia estranhamente a vontade em frente a um psiquiatra. O silêncio era estranhamente perturbador. O jovem sorria para o doutor que, sério, atentava a sinais corporais proferidos pelo garoto.
[Doutor]: Ouvi muito sobre você. [Doutor olho nos olhos do garoto]
[Jovem]: Não se fala em outra coisa nesta droga de cidade. [Caçoa o garoto, coçando a cabeça, despreocupado]
[Doutor]: Há algo que queira partilhar?
[Jovem]: Não. [ O jovem olha fixamente para o doutor]
[Os dois se encaram]
[Doutor]: Conte-me, você tinha amigos lá, certo? Como se sente sobre isso?
[Jovem]: Não sinto nada. [O olhar do jovem era vazio]
[Doutor começa a ficar inquieto, abre e fecha sua caneta, finge rabiscar algo no caderno ]
[Doutor]: Você namora, jovem?
[Jovem]: Namorava.
[Doutor]: Ela estava lá naquele dia?
[Jovem]: Sim. [O jovem esboça um pouco de sentimento, que logo se perde sobre o vazio de seus olhos]
[Doutor]: Qual é o nome dela?
[Jovem]: Cristina.
[Doutor]: Conte-me mais sobre ela. [Doutor faz anotações]
[Jovem]: A conheci no verão passado. Estava em uma festa de uma amiga, e me apresentaram-na. Não estava muito bem no dia, sabe, havia acabado de sair de um relacionamento. Ficamos amigos e desabafei com ela, acabei chorando. Ela me consolou. Sim, ela enxugou minhas lágrimas, me abraçou, e disse: Vai ficar tudo bem agora; [Enquanto jovem conta, entra uma dama de vestido e batom vermelho, dançando e rodopiando ao seu redor, sorrindo. Uma gota de lágrima cai dos olhos do jovem, a dama rapidamente a enxuga. Sorrindo ternamente, permanece atrás do garoto]
[Jovem]: Começamos a sair, não demorou muito e já estávamos namorando. Ela era tudo pra mim, e eu era tudo pra ela. Inseparáveis que éramos, ela veio estudar aqui neste