Pessoa pública e a dependência química
Reabilitação de Dependentes Químicos
Introdução à RDQ; Anatomia e fisiologia; Metodologia EAD
Cecília Ferreira, Idemê Pereira, Rosiane Couto Fusco
PESSOA PÚBLICA X DEPENDÊNCIA QUÍMICA
O mundo das celebridades, no Brasil ou fora daqui, é permissivo em relação às drogas. Seu consumo é considerado "recreativo", ou, nos casos mais estúpidos, "inspirador". O uso dessas substâncias entre esse grupo de pessoas é consentido, quando não é claramente valorizado como parte da experimentação que deve acompanhar o ato de criação artística. As drogas pesadas são problema sério para quase 26 milhões de pessoas no mundo de acordo com a ONU – a maioria nos grandes centros urbanos. Elas matam 200.000 pessoas por ano. Só no Brasil, há 870.000 usuários. No âmbito privado, a dependência química acaba com relacionamentos e inviabiliza o trabalho. É uma doença. Ponto.
Uma das dificuldades para lidar com a dependência da droga é que a linha que separa o uso recreativo do mergulho no vício é muito tênue. "Em geral, a pessoa vai se tornando viciada sem se dar conta", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A tristeza legítima causada pelo drama de uma pessoa querida pelo público, e o desejo de vê-la recuperado, não deve impedir que se aborde outro tema – a responsabilidade social do usuário de drogas
F.A. é um ator, nascido na cidade de São Paulo no ano de 1971, conhecido por trabalhos em diversas telenovelas. Em 13 de novembro é afastado da novela em que era protagonista alegando motivos de saúde, mas conforme divulgado pela edição 2087 da revista Veja, de 19 de novembro de 2008, F.A. era usuário de cocaína e estava causando vários problemas durante as gravações. Maquiadores da novela precisavam disfarçar as marcas no rosto do ator provocadas por noites sem dormir. F.A. já havia sido detido em 24 de janeiro de 2008, comprando cocaína num flat da capital paulista. Sem trabalho, decidiu deixar o país para