1 ARTIGO O PAPEL DA COMUNIDADE TERAP UTICA NA RAPS

O PAPEL DA COMUNIDADE TERAPÊUTICA NA RAPS (Portaria 3.080)

Wilson José de Oliveira dos Santos1

RESUMO
O tema proposto sugere uma investigação no que diz respeito ao tipo de trabalho cabível a comunidade terapêutica na Rede de Atenção Psicossocial mediante a Portaria 3.088 de 23 de
Dezembro de 2011. Objetivamente este artigo visa o fundamento quanto ao posicionamento intervencionista da Comunidade na RAPS de modo a possibilitar ao leitor maior argumentação de discussão. A metodologia utilizada foi de abordagem bibliográfica tendo como fonte principal de estudo o texto da Portaria 3.088.

Palavras Chave: Comunidade. Terapêutico. Rede. Psicossocial.

1 INTRODUÇÃO

A Comunidade Terapêutica surgiu no cenário brasileiro ao longo dos últimos quarenta anos, antes mesmo de existir qualquer política pública de atenção à dependência química no país. Multiplicou-se ocupando espaço na medida em que inexistiram programas e projetos de caráter público que oferecessem alternativas para o atendimento às pessoas dependentes de substâncias psicoativas (SPAs), desejosas de tratamento. Uma vez alardeado a questão droga mundo a fora, inclusive no Brasil, associada a todas as vertentes da violência como o crime organizado, homicídio, prostituição, envolvimento de pessoas independente de classes sociais, enfim, políticas públicas para essa nesse sentido começaram a ser pensadas e implantadas. Atualmente, contamos com uma legislação específica no que se refere à atenção a dependência química, bem como, esta questão está presente em diferentes políticas sociais setoriais tais como a assistência social, a saúde e a educação. As propostas e formas de atendimento terapêutico variam de acordo com a visão de mundo e perspectiva política, ideológica e religiosa dos diferentes grupos e instituições, governamentais e não governamentais, atuantes nesta área. Da abstinência total à redução de danos, do internamento
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Pós-graduando do Curso de Especialização Lato Sensu em Reabilitação de