Pesquisas quantitativas
1 BASE HISTÓRICA DO PARADIGMA QUANTITATIVO
Os modernos métodos científicos de pesquisa têm suas raízes por volta do começo do século XVII, principalmente pelo pensamento de Descartes, Bacon e Galileu. Em Descartes repousa a crença fundamental de que através da razão é possível chegar-se à certeza sobre um fato. Descartes, seguindo em parte a lógica de Aristóteles, estabeleceu um método dedutivo, baseado nos princípios da igualdade entre verdade e evidência, da divisão de um problema em partes para sua análise e do uso da lógica para a obtenção de conclusões (VARGAS, 1985). Assim, pela lógica dedutiva, as conclusões são baseadas em princípios e leis e, a partir do raciocínio lógico, procura-se observar as conseqüências específicas de uma teoria formulada.
Já em Bacon, uma certa dúvida paira sobre a lógica da razão pura. A ênfase maior é dada ao conhecimento adquirido através dos sentidos, ou seja, através da observação da realidade, fato imprescindível quando se deseja conhecer algo novo. Para Bacon, é necessário a utilização do raciocínio indutivo, através do qual, pela observação dos fatos desprovida de preconceitos, pode-se chegar a uma “lei geral” (VARGAS, 1985). Pela indução pode-se chegar a conclusões gerais, a partir de observações empíricas, em um processo que vai de uma pressuposição até uma conclusão.
O método empírico, estabelecido por Galileu, consistia basicamente, da formulação de uma conjectura ou hipótese expressa, preferencialmente, em termos matemáticos. A execução de um experimento ou observação servia para confirmar ou negar a hipótese previamente formulada. O método proposto por Galileu segue a lógica hipotético-dedutiva (VARGAS, 1985).
A ciência moderna tem usado uma combinação desses métodos. De fato, a maioria dos cientistas entende usar a