pesquisa
Aliás, Knorr-Cetina acrescentou um novo elemento importante para nós: ela sugeriu que a rede de diálogo dos cientistas não se encerra no âmbito das comunidades científicas às quais eles pertencem. O conhecimento científico, produzido pelos cientistas, circula por novas instâncias, das quais a bancada do tecnólogo na fábrica ou a mesa do formulador de política são os exemplos mais frequentemente encontrados. Ao circular para esses âmbitos, digamos assim, extracientíficos, esses produtos da ciência adquirem novos sentidos. Knorr-Cetina nos convida a pensar que os cientistas não estruturam seus trabalhos apenas em função do paradigma de sua comunidade científica, mas que também o fazem (pelo menos em parte) levando em conta as possibilidades de circulação e de transformação desse conhecimento para além do âmbito da comunidade científica.
Na perspectiva da ciência que ora defendemos, só é possível produzir conhecimento científico utilizando um conjunto de contribuições teóricas de outros