Organização política- Império romano
Na república, o poder estava concentrado principalmente nas mãos dos Cônsules, do Senado e das Assembléias.
Os cônsules, em número de dois, tinham como obrigação comandar o exército, presidir o Senado e administrar a cidade. É importante lembrar que os cônsules eram eleitos pela Assembleia Centurial.
O Senado era formado, pelo menos nos três primeiros séculos do período republicano, por mebros de famílias patrícias. O cargo de senador era vitalício e nada era aprovado sem o consentimento do Senado.
A Assembléia Centurial era formada pelas centúrias, que eram unidades militares em que os homens deveriam arcar com os custos dos armamentos. Já que as centúrias mais bem armadas eram as dos patrícios e, por esse motivo eles precisavam de menos homens em suas unidades, a Assembléia tinha um maior número de centúrias patrícias. Os plebeus, que não tinham grandes posses, não podiam armar tão bem suas unidades militares, por isso precisavam de mais homens fazendo com que tivesse menos centúrias plebéias na Assembléia. Essa diferença foi fundamental para manter os interesses da classe patrícia, pois cada centúria tinha direito à um único voto. Consequentemente, prevaleciam os interesses dos patrícios.
A Assembléia Centurial oferecia vários cargos, entre eles podemos citar:
Pretores: encarregados da justiça
Censores: contavam a população e cuidavam da manutenção da ordem e dos costumes
Questores: cobravam impostos
Edis: cuidavam da manutenção da cidade
Pontífice: era responsável por assuntos religiosos
Essa estrutura política não atendia aos interesses dos plebeus, que viviam pressionando o Senado por uma maior participação e mais direitos. Uma das primeiras conquistas dos plebeus foi o direito de escolha de dois representantes da plebe para fazerem parte do Senado, que conhecemos como Tribunos da Plebe.
As pressões continuavam e as divergências envolvendo patrícios e plebeus permaneciam. Foi após o episódio da Revolta do Monte