Pesquisa de nutrição
Luiz Carlos Queiróz Cabrera
Vários estudos biológicos mostraram que um sapo colocado num recipiente com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água, até que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento de temperatura (mudanças do ambiente) e morre quando a água ferve. Inchadinho e feliz. Por outro lado, outro sapo que seja jogado neste recipiente já com a água fervendo salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!
Temos vários sapos fervidos por aí. Não percebem as mudanças, acham que está muito bom, que vai passar, que é só dar um tempo! Estão prestes a morrer, porém ficam boiando estáteis e impávidos na água que se aquece a cada minuto. Acabam “morrendo” inchadinhos e felizes, sem ter percebido as mudanças.
Sapos fervidos não percebem que além de serem eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas).
E para que isso aconteça tem que haver um crescimento profissional com espaço para o diálogo, para a comunicação clara, para o compartilhamento, para o planejamento e para a relação adulta. O desafio ainda maior está na humildade de atuar de forma coletiva. Fizemos durante muitos anos o culto ao individualismo e hoje a turbulência exige o espaço coletivo, que é a essência de eficácia como resposta. Tomar as ações coletivas exige fundamentalmente muita competência interpessoal para o desenvolvimento do espírito de equipe, exige saber partilhar o poder, delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir.
Há sapos fervidos que ainda acreditam que o fundamental é a obediência e não a competência, que manda quem pode e obedece quem tem juízo!
Acordem sapos fervidos! Saiam dessa, o mundo mudou, pulem fora antes que a água ferva. Precisamos estar vivos, meio chamuscados, mas vivos e prontos para