pesquisa de direito no brasil
Segundo o autor, modelo de racionalidade da ciência moderna foi herdado, sobretudo, a partir da Revolução científica do século XVI, este que foi quase total desenvolvido no âmbito das ciências naturais e posteriormente no século XIX estendido ao domínio das emergentes ciências sociais.
O autor trabalha ainda com um paradigma dominante (newtoniano-cartesiano) que visa obtenção do conhecimento verdadeiro através do empirismo rigoroso, terminou por se transformar num modelo totalitário, pois só são cabíveis ao seu domínio as abordagens teóricas e metodológicas pautadas intrinsecamente aos seus pressupostos epistemológicos.
No âmbito das ciências sociais, na metade do século XIX, se desenvolveram duas correntes distintas, a primeira tem como pressuposto principal Durkheim, que acreditava que o correto era aplicar os princípios epistemológicos das ciências da natureza nas ciências sociais. A segunda que tem como expoente Weber, estabeleceu um método próprio para as ciências sociais, este que exclusivamente deveria ser distinto do método das ciências da natureza.
A perspectiva da primeira corrente teórica metodológica entendia que apesar das diferenças de conteúdo entre as ciências naturais e sociais, estas últimas deveriam ser estudas como as primeiras, se aproximando com os critérios da biologia e da física. A segunda corrente teórica metodológica defendia um método próprio para as ciências sociais, pois não é possível explicar o comportamento humano pelas mesmas leis observáveis das ciências da natureza.
“A ciência social será sempre essa ciência subjetiva e não objetiva como as ciências naturais; tem de compreender os fenômenos sociais a partir das atitudes mentais e do sentido que os agentes conferem às suas ações, para o que é necessário utilizar métodos de investigação e mesmo critérios epistemológicos diferentes das correntes nas ciências naturais.” (SANTOS, 2010, p.38)