Personalidade, Freud, Jesus Cristo e o Capitalismo: o que tenho haver com isso?
Personalidade, Freud, Jesus Cristo e o Capitalismo: o que tenho haver com isso?
*Arnaldo Santtos
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Somos bombardeados de informações a todo instante; seja através da mídia (rádio, jornal, TV ou Internet) ou pelos amigos e colegas.
O radialista: – Alô aparecida! Pode falar o nome da sua música preferida: - “As cartas”, de Chico Buarque! Que começa assim: Ilusão, Ilusão / Veja as coisas como elas são / A carroça / A dama / O louco / O trunfo / A mão / O enforcado /
(...) Será que a ouvinte solicitou mesmo esta música?...
Na TV é onde somos bombardeados a cada segundo (aliás, é o segundo mais caro do mundo). Uma inserção publicitária chega a custar, 20 mil reais para ser veiculada em 30 segundos, numa única vez, em horário nobre. Neste horário é quando estamos (des)atentos do dia a dia, cansados de trabalho, e é quando recebemos um bombardeio de ideologias nefastas.
Neste horário chega-se até a fazer “promoção” de medicamento (que absurdo!): – Na farmácia do trabalhador você compra duas caixas de remédios e leva uma de graça. De quem será a (des)graça orgânica ou financeira? De quem compra, ou de quem vende?
Esses diálogos/monólogos, fictícios ou reais (acima), com os amigos, colegas, irmãos, pais e mídia, sobre o que vimos, ouvimos ou assistimos; e a carga de informações que recebemos, principalmente até os seis anos de idade; desenha o que somos, o que pensamos, como agimos, o que consumimos, o que sentimos e o mais importante: como vemos e agimos no mundo como seres-históricos, do ponto de vista do EU, do TÚ e do NÓS; quando nos tornamos adultos, ou seja, já temos a personalidade moldada. Será? Tem estudioso do comportamento que acha que não, mas Freud sim.
Pois bem, a carga genética (talvez, com influência menor); e a carga cultural e a do meio familiar (acredito, preponderantes) vai nos moldando e aí nossa personalidade surge: com traços os mais distintos possíveis e cheios de subterfúgios que, talvez, nem Freud, se vivo