PERSONAGENS TIPO- "OS MAIAS"
Rufino
De retórica balofa e oca, faz-se ouvir no Sarau Literário do Teatro da Trindade, o que levou Ega a classificá-lo de "besta" e Carlos de "horroroso". A sua poesia demonstra um desfasamento entre a realidade e o discurso, e uma grande falta de originalidade, utiliza tópicos de bacharel transmontano, como a fé, a esmola, a sua aldeia, Deus, ect…., mas apesar disso é muito aclamado pelo público, tocado no seu sentimentalismo ainda muito romântico.
Baronesa e Marquesa do Soutal
Estas senhoras demonstram a ignorância e o atraso cultural da sociedade portuguesa.
Por exemplo, a baronesa fala com desdém da música clássica de Cruges, sugerindo que este tocasse uma cantiga popular; e ao mesmo tempo, elogia a ridícula declamação do Rufino.
Também as outras senhoras mostram ignorância quanto à composição de Beethoven, chegando a marquesa do Soutal a designá-la por “Sonata Pateta”. Tudo isto provoca riso e gera desrespeito face à atuação de Cruges.
Sousa Neto-personagem-tipo da burocracia
Deputado, representa os altos funcionários públicos. É inculto, defende a imitação do estrangeiro. Simboliza a degradação na instrução pública, demonstrar a superficialidade e a falta de cultura dos representantes da Administração do Estado.
Neves.
Diretor do jornal A Tarde, deputado e político.
Representa a atmosfera política, o cinismo e a parcialidade do jornalismo lisboeta.
Os Gouvarinho
O conde de Gouvarinho era um político incompetente mas poderoso, conservador e com pouca cultura. É o representante da incompetência do poder político.
A condensa de Gouvarinho representa a vida fútil, e de adultério das mulheres do high life.