Os Maias
O da história
Ao longo da obra são-nos dadas referências cronológicas, não rigorosas, mas que nos permitem localizar temporalmente a ação. Por exemplo nas frases “A casa que os Maias vieram habitar no Outono de 1875” ou “numa luminosa e macia manhã de Janeiro de 1877” está bem explícita a localização temporal.
Assim sendo, a ação decorre entre 1820 e 1887, contando a história de três geração dos Maias, embora não tendo todas o mesmo destaque.
1820 – 1875: Breve referência ao absolutismo de Caetano da Maia, à juventude liberal de Afonso da Maia e à história da educação de Pedro da Maia e os seus amores trágicos. Tudo isto num ritmo rápido de novela;
1875 – 1877: É neste período de tempo que decorre a ação central, ou seja, a história do amor trágico entre Carlos Eduardo e Maria Eduarda, alternando com alguns episódios de crítica social. Neste caso, o ritmo é bem mais lento, num ritmo de romance;
1877 – 1887: Durante esta década dá-se a ausência de Carlos no estrangeiro e o seu regresso.
O de discurso
N’Os Maias, a narração dos acontecimentos não se dá na mesma ordem que ao nível da história.
O livro começa no Ramalhete, no ano de 1875, ou seja no começo da ação central, mas depois de contada a história da reconstrução do Ramalhete o discurso volta-se para os tempos mais antigos dos Maias.
Começa então uma analepse, recuando cerca de 60 anos de forma a recuperar a história dos Maias no espaço de três gerações. Esta analepse incide principalmente sobre a história de Pedro da Maia, que constitui uma espécie de intriga introdutória à intriga principal.
Só no capítulo IV