Peroxissomos
Os peroxissomos são organelas caracterizadas pela presença de enzimas oxidativas que transferem átomos de hidrogênio de diversos substratos para o oxigênio, segundo a reação: RH2 + 02 -> R + H202 Os peroxissomos contêm a maior parte da catalase celular, enzima que converte peróxido de hidrogênio (H202) em água e oxigênio.
A atividade da catalase é importante porque o peróxido de hidrogênio (H202) que se forma nos peroxissomos é um oxidante enérgico e prejudicaria a célula se não fosse eliminado rapidamente.
Os peroxissomos apresentam, ao microscópio eletrônico, uma matriz granulosa envolta por membrana, e seu tamanho em geral varia de 0,3 a 1 p.m. Muitos peroxissomos exibem um cristalóide, elétron-denso e constituído de catalase. Os peroxissomos têm também um papel na desintoxicação. Por exemplo, cerca da metade do álcool etílico (etanol) consumido por uma pessoa é destruído por oxidação nos peroxissomos, principalmente nos peroxissomos do fígado e dos rins. Os peroxissomos participam como as mitocôndrias, da P-oxidação dos ácidos graxos, assim chamada porque os ácidos graxos são rompidos no carbono da posição dois ou beta. Os peroxissomos catalisam a degradação dos ácidos graxos, produzindo acetil-CoA, que pode penetrar nas mitocôndrias, onde vai participar da síntese de ATP por meio do ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs). As moléculas de acetil-CoA podem ser utilizadas em outros compartimentos citoplasmáticos para a síntese de moléculas diversas. Calcula-se que 30% dos ácidos graxos sejam oxidados em acetil-CoA nos peroxissomos.
O conteúdo enzimático dos peroxissomos varia muito de uma célula para a outra, notando-se ainda que, numa mesma célula, nem todos os peroxissomos têm a mesma composição enzimática. Essas enzimas são produzidas pelos polirribossomos do citossol, conforme as necessidades da célula e, muitas vezes, como uma adaptação para a destruição de