OS PEROXISSOMOS

PEROXISSOMOS
1. HISTÓRICO
Eles foram descritos pela primeira vez, por Rodhin (1954), no citoplasma do túbulo renal proximal do camundongo, sendo, na ocasião, denominados microcorpos. Sua caracterização bioquímica, entretanto, só foi feita em 1966 por De Duve e Baudhin. Nesta data, esses pesquisadores verificaram a presença de enzimas geradoras de peróxido de hidrogênio, assim como a catalase, enzima que degrada esse peróxido em água e oxigênio. Então, os dois cientistas propuseram a designação “peroxissoma” em substituição a microcorpos.

2. BIOGÊNESE (FORMAÇÃO DOS PEROXISSOMOS)
Em 1985, os cientistas Lazarow e Fujiki sugeriram que a biogênese dos peroxissomos ocorria através da fissão de outros preexistentes. Essa fissão (divisão) deve ser antecipada por um crescimento celular, envolvendo a importação de proteínas de citosol e transferência de fosfolipídios da membrana do retículo endoplasmático (essa transferência ocorre por meio de proteínas hidrossolúveis, que reconhecem tipos específicos de fosfolipídios e os transportam de membranas ricas em lipídios para membranas deficientes).
Os peroxissomos se dividem para a reposição de outros já envelhecidos – que sofrem autofagia – e também durante a divisão celular. A herança dos peroxissomos na divisão celular é um evento estocástico (aleatório), dependendo de que existam diversas cópias espalhadas pelo citoplasma. Essa dispersão ocorre na citocinese (momento em que há a divisão da célula em duas), pois no resto da divisão os peroxissomos estão associados a microtúbulos, garantindo uma distribuição uniforme dessas organelas na célula. A proliferação de peroxissomos também pode ocorrer a partir de um estímulo externo, originando um processo de divisão regulada que independe da mitose. Várias drogas, em especial, as hipolipidêmicas* (fármacos usados no tratamento de níveis altos de lipídios e triglicéridios) provocam esse efeito. Após encerrado esse estímulo, os número usual de peroxissomos por célula é