Periodização da Literatura Brasileira

Quinhentismo: literatura de informação

A fase inicial da literatura em nosso país ocorreu durante o início da colonização das terras brasileiras pelos portugueses (anos de 1500). Àquela época não havia de fato um movimento literário se desenvolvendo no Brasil. Os textos produzidos tinham caráter informativo e, portanto, não pertenciam à categoria do literário, mas das crônicas históricas. Tratava-se de informações que viajantes e missionários europeus colheram sobre a natureza e o homem brasileiro.
Destacam-se nesse período a carta de Pero Vaz de Caminha a el-rei de Portugal (sobre o descobrimento do Brasil), o diário de navegação de Pero Lopes e Sousa (escrivão do primeiro grupo colonizador – o de Martim Afonso de Sousa) e os textos dos jesuítas, que tinham caráter pedagógico e moral na tentativa de catequizar os nativos brasileiros. Dentre os jesuítas, destacaram-se Manuel da Nóbrega, Fernão Cardim e José de Anchieta.

Barroco

O termo Barroco designa as manifestações artísticas que vão aproximadamente de 1600 a 1700. Não restrito apenas a literatura, o Barroco também se refletiu na música, pintura e arquitetura da época. Tal período foi marcado pelas oposições e conflitos espirituais. Na Europa, a Igreja Católica, tão onipotente durante a Idade Média, recebeu um duro golpe no início do século XVI: a Reforma Protestante, na qual muitos ex-membros do clero propunham reformar as estruturas da igreja, corrigindo seus abusos e recuperando a pureza original do cristianismo. Surgiram daí novas religiões, como o Luteranismo, o Calvinismo e o Anglicanismo, com novas interpretações da Bíblia.
Como reação contra o avanço protestante, ganhou força dentro do catolicismo um amplo movimento de moralização do clero e reorganização das estruturas administrativas da Igreja: a Contra-Reforma. O objetivo era retornar ao medievalismo e a irrestrita fé na autoridade da Igreja. Para tal, ganharam força os tribunais da Inquisição e a perseguição a todos que iam contra os