Regionalização Funcional do Norte Fluminense
O conceito de Região Funcional é polimórfico, ou seja, pode ter vários significados. E a sua análise pode ser feita adotando um foco urbano (relações urbano‐rurais), rural (relações rural‐urbano) ou ainda transversais. Para uma análise completa estes aspectos devem ser levados em conta todos estes aspectos.
De acordo com OCDE região funcional é definida como uma unidade territorial resultante da organização das relações economicas e sociais no território em detrimento dos critérios convencionais político –administrativos ou mesmo histórico-geográficos. A região funcional é geralmente definida por critérios relativos ao mercado de trabalho, serviços prestados e aos movimentos pendulares³.
O presente tópico propõe-se a descrever e analisar as áreas de atuação das cidades do Norte Fluminense, ou seja, o conjunto de centros urbanos em sua hierarquia como localidades centrais e suas áreas de atuação, constituindo-se em uma revisão comparativa atualizada entre 1966, quando da realização da primeira pesquisa, até 2007, quando da última desenvolvida no IBGE.
Tendo em vista os mais de 40 anos da realização do primeiro, tal análise se mostra essencial, visto que ao final da nova caracterização um novo quadro urbano é observado.
Fundamentada a pesquisa em uma base teórica calcada na teoria das localidades centrais de Christaller (1966) e sua respectiva adaptação a partir de autores, tais como Roberto Lobato Corrêa (1988) e Milton Santos (1979), que lançam ideias críticas e renovadoras sobre a referida teoria.
Quanto aos procedimentos operacionais, cumpre fazer referência que serão utilizadas e adaptadas as pesquisas desenvolvidas pela Coordenadoria de Geografia (IBGE) referentes à divisão do Brasil em Regiões Funcionais Urbanas, de 1966 e as Regiões de Influência das Cidades de 2007. Sendo posteriormente complementadas, visto que modificações ocorreram devido a obras de grande impacto na região, bem como organização de movimentos sociais e