Pericia Medica - Especialidade
FUNDAÇÃO UNIMED
Curitiba 14/12/2013
Equipe:
“A perícia médica deve ser considerada uma especialidade médica?”
A necessidade de reconhecer a perícia médica como especialidade repousa no fato que define qualquer outra especialidade: a necessidade de se ter conhecimento técnico e treinamento adequado para melhor prestar seus serviços.
Diferente do que se pode pensar, ser especialista em uma determina área da medicina não torna o profissional necessariamente gabaritado para responder uma perícia médica. Se é um argumento aceitável que um cardiologista, provavelmente, compreende melhor as doenças do coração ou que um ginecologista conhece mais das patologias do corpo feminino, também é claro que há uma diferença fundamental entre a realização de uma perícia e uma consulta médica regular. Enquanto a consulta médica regular tem seu foco voltado para diagnóstico, avaliação, tratamento, tempo e modo de acompanhamento, indicação de exames e procedimentos cirúrgicos, sinais de evolução ou piora, a perícia abraça um enfoque diferente. E então, podemos dizer que o foco do médico não perito (acima listados) não teriam uma serventia objetiva se a perícia busca respostas diferentes destes aspectos. A perícia médica aborda uma outra vertente, onde o que se observa são questões um pouco além do conhecimento especializado apenas. Há de se conhecer questões técnicas (o que é IPD? Em que questões se aplicam determinados seguros?, etc) e fazer a relação destas com a clínica do paciente. Um exemplo que bem ilustraria isso: o perito cabe saber, não como se trata a doença, mas sim em que estágio aquela doença pode realmente tornar o paciente inválido.
O perito mira seu trabalho não no diagnóstico e/ou tratamento da doença, como o especialista normalmente faz. Nem como estas doenças evoluem e os recursos terapêuticos que a medicina dispõe para seu tratamento. O médico perito faz uma interface, uma investigação entre a doença e as questões