Perguntas sobre Nietzsche
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101. Segundo o autor, qual é o preço do excesso de sentimento e como pode ser chamado o tipo de remédio para a “cura”?
“Todo excesso de sentimento dessa natureza tem o seu preço, está claro — ele torna o doente mais doente —: e por isso esse tipo de remédio contra a dor é, segundo a medida moderna,”culpado”. É preciso insistir, porém, pois a equidade o exige, no fato de que ele foi aplicado com boa consciência, no fato de que o sacerdote ascético o prescreveu com firmíssima crença em sua utilidade, em sua imprescindibilidade mesmo...”. (pg.94)
102. Qual é a função do remédio?
“No fundo não contradizem realmente o sentido dessa espécie de medicação: a qual, como foi mostrado, não objetiva curar doenças, mas combater a depressão, diminuindo e amortecendo o seu desprazer...”. (pg.94)
103. Qual foi o maior acontecimento na história da alma enferma, segundo Nietzsche?
“O “pecado” - pois assim se chama a reinterpretação sacerdotal da “má consciência” animal
(da crueldade voltada para trás).”. (pg.94)
104. Qual é a primeira indicação sobre a causa do sofrer de um sacerdote ascético?
“Ele deve buscá-la em si mesmo, em uma culpa, um pedaço de passado, ele deve entender seu sofrimento mesmo como uma punição…”. (pg.95)
105. Segundo Nietzsche, o doente se transforma em pecador. Transcreve sobre este “novo doente”. “Em toda parte o olhar hipnótico do pecador, movendo-se sempre na mesma direção (na direção da “culpa”, como a única causa do sofrer); em toda parte a má consciência, essa
“besta abominável” [grewliche Thier], no dizer de Lutero; em toda parte, a incompreensão voluntária do sofrer tornada teor de vida, a reinterpretação do sofrer como sentimento de culpa, medo e castigo; em toda parte o flagelo, o cilício, o corpo macilento, a contrição; em inquieta, morbitante lasciva; em toda parte o tormento mudo, o pavor extremo, a agonia do coração martirizado, as convulsões de uma felicidade desconhecida, o grito que pede