perfil do trabalhador
Desde a Revolução Industrial a concepção do trabalho humano evoluiu muito e o trabalhador, cada vez mais, deixa de ser uma simples "peça do maquinário" para se tornar um "capital intelectual", ou trabalhador do conhecimento.
Primeiro veio a mecanização da estrutura de produção que proporcionou alterações significativas para o trabalhador - que passou a ser operário, e para os empregadores - donos dos meios de produção, que se tornaram fiscalizadores do trabalho.
Em busca do aumento de produção, Frederick Taylor estudou os movimentos e o tempo gasto pelo trabalhador para executar a sua função e, a partir daí, desenvolveu a Organização Racional do Trabalho. O objetivo das organizações era conseguir produzir mais, no menor tempo e com o menor custo. Tudo isso aplicado às linhas de montagem, em que o trabalhador representava apenas uma peça da engrenagem.
O conhecimento do trabalhador era limitado à execução de sua função, que normalmente envolvia apenas uma ou, no máximo, duas atividades. Fazia parte de um processo, sem entender "o que era" e "qual seria o seu resultado".
Para as empresas isso representava redução de custos com treinamentos e menor possibilidade de problemas - quanto menos atividades, menor probabilidade de erros.No entanto, o resultado foi bem diferente: cansaço, fadiga, estresse, problemas de saúde, aumento da rotatividade de funcionários e, conseqüentemente, aumento de gastos e queda de produção.
O filme "Tempos Modernos", de Charles Chaplin, exemplifica bem a situação do trabalhador na época. Em uma cena, mostra o trabalhador que, após ficar o dia inteiro apertando parafusos, sai pelas ruas, com sua ferramenta em mãos, apertando qualquer coisa que aparecesse em sua frente.
Com o fortalecimento do sindicato e a difusão de ideais socialistas começam a aparecer as primeiras mudanças - passam a pensar no trabalhador como ser humano e na importância de conhecer as suas necessidades para motivá-lo a conseguir melhores