Perfil da Logística de Transporte de soja no brasil
TRANSPORTE DE SOJA NO BRASIL1
Andréa Leda Ramos de Oliveira Ojima2
1 - INTRODUÇÃO 12
A estabilização da economia e a eliminação do processo inflacionário brasileiro recuperaram entre os agentes econômicos a noção de preços relativos, trazendo à tona ineficiências da infra-estrutura que reduzem a competitividade dos produtos brasileiros. Desse modo, pode-se considerar que um dos pontos a serem superados seriam as barreiras ligadas à infra-estrutura enfrentadas pelos segmentos de logística e transporte das commodities agrícolas (BARROS; MODENESI;
MIRANDA, 1997).
A expansão das áreas agrícolas, que impulsionou a formação de um novo arranjo espacial dos setores produtivos, não foi acompanhada pela expansão do setor de transportes. Desse modo, o aproveitamento do potencial da produção de grãos depende do estabelecimento de um sistema viário eficiente. Lício (1995) destaca a relevância da viabilização e integração dos corredores de transporte multimodais (rodovia, ferrovia e hidrovia) para aumentar a competitividade dos produtos, unindo as áreas de produção, os centros consumidores e o mercado internacional.
De acordo com Martins e Caixeta Filho
(1999), os custos de escoamento das safras têm sido um entrave para o Brasil transformar vantagens comparativas da produção em competitividade na comercialização. Usualmente apontase a predominância do modal rodoviário na matriz de transportes brasileira como a principal fonte de ineficiência e de redução de lucratividade dos produtores agrícolas. Outro fator importante diz respeito à insuficiência de investimentos para ampliação e manutenção dos sistemas de transporte em níveis compatíveis com a demanda.
Enquanto isto, Fleury (2002) aponta para outros elementos a serem considerados na
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Parte do trabalho está baseado na dissertação de mestrado da autora. Cadastrado no SIGA NRP e registrado no
CCTC, IE-48/2005.
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Engenheira Agrônoma, Mestre, Pesquisadora Científica
do