Perda Auditiva no Idoso
A população mundial está envelhecendo. Em termos sócio-demográficos, isto pode ser explicado pela queda nas taxas de natalidade em vários países e pelo aumento da expectativa de vida, principalmente em função das mudanças ocorridas nos setores econômico e científico.
De acordo com Bee (1997, p.516), essa mudança demográfica trará consigo uma variedade de conseqüências, algumas óbvias, outras sutis, sobre a cultura de todos os países afetados.
Neste trabalho será contemplada a fase do desenvolvimento da velhice, estágio final do ciclo de vida, onde acontecem mudanças físicas muito específicas da idade, como a perda de audição.
Este estudo pretende discorrer sobre a perda auditiva nos idosos - a presbiacusia - suas causas, tratamento e prognóstico, bem como apresentar considerações sobre essa fase tardia da vida adulta, sobre o envelhecimento, com suas características, mudanças físicas, psicológicas e comportamentais.
1 ENVELHECIMENTO
O idoso jovem abrange a faixa etária de 65 a 75 anos de idade, enquanto o idoso tardio possui idade superior a 75 anos.
Por volta dos 75 anos acontece uma perda do QI total, perda auditiva e da capacidade aeróbica, apesar de que o envelhecimento seja um processo também individual.
Para praticamente todos os sistemas há uma perda de função que se inicia ao redor dos 40 anos e continua gradativamente pelo resto da vida.
Quanto às habilidades cognitivas, Bee (1973) diz que as deficiências cognitivas são sutis dos 65 aos 75 anos. As perdas físicas, entretanto, como a perda de audição, aumentam aos 65 anos, concomitante à perda de visão, diminuição dos reflexos (sinapses), perda de massa óssea (em especial nas mulheres) e alterações no paladar e olfato. O reflexo dos maus hábitos de toda a vida aparecem nessa fase em forma de doenças. O envelhecimento biológico é caracterizado pela perda da homeostase (equilíbrio interno) sob estresse fisiológico, e aumento da fragilidade