percepção ética

A percepção ética, e seu respectivo emprego na formulação da justiça, são imprescindíveis para o aperfeiçoamento da convivência humana entre indivíduos de ideias e desejos múltiplos e, muitas vezes, divergentes e contraditórios. Isso se torna ainda mais essencial diante da pluralidade étnica e cultural do ser humano, que leva a inclusão de múltiplas variáveis na escolha de uma política de equidade. Entre os diferentes ambientes no quais se torna necessário a integração da ética e dos princípios de equidade, é o ambiente escolar onde estes preceitos devem estar indissolúveis da ampla grade curricular, pois no exercício de educar seres humanos, que por sua vez necessitam viver em comunidade, é essencial induzi-los ao pensamento ético e ao respeito à pluralidade humana.
Cada sociedade, e em especial a sociedade brasileira, apresenta um diversidade de pessoas com suas respectivas crenças, etnias, profissões, origens, sexualidade e status financeiro, o que pode não ser bem compreendido por parte dos indivíduos e se expressar na forma de violência, preconceito e exclusão social. O ambiente educacional, por sua vez, representa muitas vezes o primeiro contato com a convivência social fora do âmbito familiar para a maioria das crianças, e com isso, um ponto de partida para aprender a conviver com a diversidade, o que é essencial para gerar cidadãos que mantenham ativos os princípios da dignidade do ser humano. Nenhuma variável que representa a pluralidade humana, portanto, deve ser um fator de merecimento para um tratamento digno, portanto toda pessoa em princípio tem direito ao respeito de seus semelhantes, a uma vida digna e oportunidades. Para dar embasamento ao conhecimento e prática dos princípios correspondentes à dignidade do ser humano no ensino fundamental, e apresentar de forma inteligível para que os educadores busquem aplicar tais valores na rotina escolar, foram determinadas as respectivas práticas que devem ser empregadas no cotidiano: respeito mútuo,