Percepção no ponto de vista psico-histórico
Com a origem da psicologia científica no século XIX a percepção voltou a ser estudada, no entanto ela estava diretamente relacionada com o biológico (psicofísica), como a percepção que os indivíduos tinham das cores ou da luminosidade. Quando Wundt começa seus estudos com a psicologia postula que a percepção “é o processo pelo qual elementos mentais são organizados” (Tavares, p.4)
Com o surgimento da Gestalt (psicologia da forma) entre os séculos XIX e XX, o estudo da percepção tomou outra forma, sendo este o ponto de partida e um dos temas centrais dessa teoria. De acordo com esta teoria “entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de percepção” (Bock, Ana M. B., Furtado, Odair, Teixeira, Maria L. T., Psicologias, 1999, p.77). Para a Gestalt o que um indivíduo percebe faz parte de um conjunto de dados importantes para o entendimento e compreensão do comportamento humano. Na visão dos gestaltistas, o comportamento do indivíduo deve ser estudado nos aspectos mais globais, levando em consideração o contexto e as condições que alteram a percepção do estímulo.
A percepção passou então a fazer parte da subjetividade do indivíduo, sendo esta a característica mais importante para o entendimento do comportamento humano. A subjetividade de cada ‘percebedor’ faz com que o mundo seja diferente, levando em consideração as experiências vividas pelo mesmo, o que aprendeu, conheceu e viveu. Tomemos como exemplo um indivíduo que desconhece ou que nunca teve qualquer tipo de