Pensar as políticas públicas brasileiras articuladas à filosofia de Platão
Platão pensou o mundo perfeito como um resultado da aplicação da “verdade pura”, sendo necessária a busca desta verdade de forma constante e relativa. A verdade pura somente poderá ser obtida pelo sistemático desenvolvimento das ideias, mediante os contextos apresentados. Nesta perspectiva, Platão pensa um mundo no qual as verdades se desvelariam conforme a vivência da praxis. Ou seja, na medida em que as interações sociais acontecem, novas demandas surgem e novas verdades se delineiam e, nessa relação dialética, o mundo vai se construindo de forma dinâmica e integralizada. Platão nos apresentou a ideia de relatividade, muito antes que esta, com Einstein, se tornasse uma “verdade” universal. E a busca pela verdade, absoluta (divina) ou relativa (humana) se constituiria na plenitude da virtude. “Platão situa a justiça humana como uma virtude indispensável à vida em comunidade é ela que propicia a convivência harmônica e cooperativa entre os seres humanos em coletividade.” (Wikipédia).
Articulando estas ideias às necessidades apresentadas pelas políticas públicas brasileiras, na atualidade, observa-se que nossas políticas de participação popular avançaram muito nos últimos tempos, porém ainda capengam em resultados efetivos. Se por um lado o código legislativo brasileiro oferece um vasto número de leis que privilegiam a participação do cidadão nas decisões administrativas do Estado, por outro a população continua completamente despreparada para assumir tal função. Pois este formato administrativo no qual o popular participa nas decisões, requer uma população instruída e capacitada a pensar coletiva e administrativamente, o que não ocorre na prática no Brasil, pois a Educação pública é precária e a particular, de melhor qualidade, não condizente com a realidade financeira da população. Portanto para uma possível e efetiva aplicação das ideias de Platão na atual sociedade brasileira,