FUTEBOL, SEXO E ROCK AND ROLL: O FUTEBOL MODERNO NA REVISTA PLACAR1 Ms. RENATO MACHADO SALDANHA
6469 palavras
26 páginas
FUTEBOL, SEXO E ROCK AND ROLL:O FUTEBOL MODERNO NA REVISTA PLACAR1
Ms. RENATO MACHADO SALDANHA
Mestre em Ciências do Movimento Humano – UFRGS, Professor temporário do Centro Acadêmico de Vitória – UFPE (Vitória do Santo Antão – Pernambuco – Brasil)
E-mail: vandruik@ig.com.br
Dra. SILVANA VILODRE GOELLNER
Doutora em Educação – UNICAMP Professora Associada do Departamento de Educação Física –
,
UFRGS, Bolsista Produtividade Pesquisa do CNPq (Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil)
E-mail: vilodre@gmail.com
RESUMO
A partir dos Estudos Culturais, em sua vertente pós-estruturalista, buscamos analisar a construção de uma representação de futebol moderno na Revista Placar, em sua fase “Futebol,
Sexo & Rock and Roll”, publicada entre abril de 1995 e fevereiro de 1999. O exame desse material nos permite afirmar que a representação de futebol moderno produzida pela revista naquele momento gira em torno de três eixos principais: a gestão moderna, onde o futebol é administrado como um negócio que objetiva, direta ou indiretamente, o lucro; o torcedor moderno, entendido como um consumidor; o jogador moderno: pensado e produzido cientificamente, e preocupado em vender bem sua imagem.
PALAVRAS-CHAVE: Futebol; mídia; estudos culturais; representações sociais.
1.
Auxílio financeiro CNPq - bolsa de produtividade em pesquisa (PQ).
Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 35, n. 2, p. 281-296, abr./jun. 2013
281
INTRODUÇÃO
“É preciso modernizar o futebol brasileiro!” Frequentemente nos deparamos com este diagnóstico de um suposto obsoletismo em nosso esporte preferido. Na imprensa esportiva essa posição está presente pelo menos desde os anos 30, com defensores que vão desde Mario Filho até Paulo Vinícius Coelho, passando por Juca
Kfouri e João Saldanha.
Porém, o referencial de modernidade não se manteve o mesmo com o decorrer dos anos. Enquanto na década de 30, por exemplo, clamar por modernização era advogar pela