Pensamentos de rené descartes e john locke

387 palavras 2 páginas
O racionalismo de René Descartes tem um posicionamento diferente em relação à maneira como é adquirido o conhecimento. Vivendo em um ambiente diferente do empirismo, o racionalismo está mais apegado a conceitos imutáveis, como os das ciências teóricas. Para René Descartes é necessário descobrir uma metodologia de investigação filosófica sobre a qual se pode construir todo o conhecimento. A resposta a esta questão, encontrada por Descartes, foi que o conhecimento válido não provém da experiência, mas se encontra inato na alma. Em relação ao método para atingir este conhecimento, o filósofo francês propõe colocar em dúvida qualquer conhecimento que não seja claro e distinto. Este conhecimento seria adquirido através da análise racional, com a qual é possível apreender a natureza verdadeira e imutável das coisas. Já no empirismo de John Locke o ponto de partida da sua investigação não foram os problemas do ser, e sim do conhecer. No entanto, enquanto no racionalismo era encarado o problema do conhecimento a partir das ciências exatas, o empirismo voltava-se para as ciências experimentais. O próprio ambiente cultural e socioeconômico da Inglaterra da época coopera para tanto, já que ocorria um grande florescimento das ciências experimentais como astronomia, química, mecânica, etc. Seguindo a linha de raciocínio das ciências experimentais, o empirismo parte de fatos, eventos constatados pela experiência. Para Locke a alma não possui ideias inatas, como afirmava o racionalismo. As impressões, obtidas pela experiência, ou seja, pela sensação, percepção e pelo hábito, são direcionadas à memória e assim os pensamentos são formados. A mais famosa tese do empirismo, desenvolvida por John Locke, é a da tabula rasa. Com este conceito o filósofo queria dizer que ao nascermos não temos nenhum princípio ou ideia inata e tudo que aprendemos e processamos em nossa mente provêm das experiências feitas durante a vida. O projeto de Locke é mais modesto que o de

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