pensamento
Tu pensas que é o fim do mundo, mas não é. Tu achas que a tua dor é a pior de todas as dores já existentes, mas estás enganado. Fácil é sofrer, passar dias trancado no quarto a chorar até que a última gota do teu corpo se esgote. Difícil é superar. E mais difícil ainda é convenceres-te que que já superas-te. Fácil é acabar com a vida para acabar com a dor, difícil mesmo é levantar todos os dias com um buraco no peito e vestir a roupa de “existir”. Dizeres que estás bem é fácil, o complicado é estar. Ouvir aquela música, sentir aquele cheiro e visitar aquele lugar onde aparecem lembranças que ardem no fundo da alma, porque as lembranças doem como álcool numa ferida aberta. Mas a verdade é que não sentir nada dói bem mais. É o fim de um sentimento, mais triste do que o teu fim mais propriamente dito. É difícil enterrar histórias, momentos e sorrisos. Enquanto ainda há uma faísca no meio do fogo apagado, de certa forma também ainda há importância. Sofrer por se importar é natural, estranho é sofrer por não fazer diferença. Continuar dentro de uma bolha de solidão e sofrimento é escolha tua, assim como lutar pra sair dela também é. Fácil é olhar para o passando e ficar estático no mesmo lugar, amargurada, desiludida, magoada. Difícil é assumir que estás no fundo do poço, sim, precisas de ajuda. Fácil é chorar pela cicatriz que nunca desaparece, difícil é aceitá-la como uma tatuagem interna que faz parte de ti.
Torna-te uma pessoa nova, não sintas medo. Entrega-te mais, joga mais com a vida, ama mais. Viaja até te cansares. Corre o mundo. Passa os teus fins de semana de praia com aqueles que tu mais amas e que mais te amam. Aproveita sair com os amigos e abraçá-los mais. Vê mais filmes, lê mais. Sai mais. Não te atrasasses tanto, nem te preocupes tanto. Passeia sozinho, tem aqueles momentos de paz. Sorri mais, chora menos e ajuda mais. Sê feliz. Aumenta a tua autoestima. Toma mais banhos de sol do que banhos de chuva. Não esperes mais. Faz mais, soa