Pensamento
Blaise Pascal foi um físico, matemático, filósofo e teólogo francês. Sua trajetória na ciência se deu, em boa parte, nos estudos do cálculo e das ciências.
Precoce, Pascal demonstrou suas habilidades quando, aos 18 anos de idade, inventou a calculadora. Como matemático e físico, ele se converteu ao Jansenismo, uma corrente de pensamento que difundia a ideia de que a razão era a “mãe das heresias”, e se retirou para Port-Royal. Denunciou em “Les Provincialés”), a moral liberal dos Jesuítas; (Os Provinciais - é o conjunto de 18 cartas de sua autoria, escritas para defender o jansenista Antoine Arnauld, uma das principais figuras do jansenismo, oponente dos jesuítas, que estava em julgamento pelos teólogos de Paris).
Aos 30 anos, Pascal passou a se interessar por questões religiosas, principalmente ligadas aos milagres, depois da cura da sua sobrinha de uma doença considerada incurável.
Passou a ter uma vida reclusa, cultivando sempre a contemplação religiosa. Mas foi em “Os Pensamentos” que fez sua defesa da religião cristã, destinada a tocar os libertinos (pessoas que negam toda religião revelada, a qual se deve demonstrar) e os céticos (que colocam tudo em dúvida), que há mais a ser ganho pela suposição da existência de Deus, do que pelo ateísmo, e que uma pessoa racional deveria pautar sua existência como se Deus existisse, mesmo que a veracidade da questão não possa ser conhecida de fato.
Segundo Pascal, o homem é um ser miserável, um “nada do ponto de vista do infinito universo, um tudo do ponto de vista do nada, isto é, um meio-termo entre o nada e o tudo”. Ele é incapaz de atingir a verdade, pois a razão humana é constantemente enganada pela imaginação ou outras “potências enganadoras”. Sua única esperança é Deus: ele tem tudo a ganhar apostando na existência Dele.
Em suma, Pascal quer dizer que o homem é o animal mais frágil da natureza, mas também é o mais digno porque pensa. O pensamento é a