Pensamento
Introdução
Para Aristóteles, a felicidade é uma atividade de acordo com o que há de melhor no homem. O homem, diferente de todos os outros seres vivos, é dotado de linguagem (logos), e a atividade que há de melhor no homem deve ser realizada de acordo com a virtude, logo, aquele que organiza seus desejos de acordo com um princípio racional terá uma ação virtuosa e, essa ação será considerada uma vida feliz. Para o filósofo, um homem feliz é um homem virtuoso, desta forma, louvado seria o homem que desejasse a felicidade, pois seria chamado de sábio, referindo-se a sua disposição de espírito, e assim eleito virtuoso. “Outra crença que se harmoniza com a nossa concepção é a de que o homem feliz vive bem e age bem; pois definimos praticamente a felicidade como uma espécie de boa vida e boa ação. As características que se costuma buscar na felicidade também parecem pertencer todas à definição que demos dela. Com efeito, alguns identificam a felicidade com a virtude, outros com a sabedoria prática, outros com uma espécie de sabedoria filosófica, outros com estas, ou uma destas, acompanhadas ou não de prazer; e outros ainda também incluem a prosperidade exterior. [...]”. (E.N. Livro I, cap.8)
_______ ____________ O que é felicidade? O que é felicidade? Provavelmente, cada pessoa que resolver responder a esta pergunta apresentará uma resposta própria, pois a felicidade, em certo sentido, é algo individual, pessoal e intransferível. Por outro lado, há uma idéia de felicidade que pertence ao senso comum e é compartilhada pela maioria das pessoas: felicidade é gozar de uma boa saúde, amor correspondido, dinheiro suficiente, etc. Além disso, a ideia de felicidade não é uma coisa recente. Com certeza, ela