geometria
Numa definição bastante objetiva, o termo Geometria de Linha se refere à posição que cada fila de trilho ocupa no espaço. Trata-se da representação dos dois trilhos em 3 planos:
Plano Horizontal: Bitola e Alinhamento;
Plano Vertical Transversal: Nivelamento Transversal dos Trilhos, Superelevação;
Plano Vertical Longitudinal: Nivelamento das duas filas, Torção e Empeno da Linha.
SUPERELEVAÇÃO: Motivos e necessidades de seu emprego
Quando um veículo ferroviário percorre uma curva, fica sujeito à ação da força centrífuga. As cargas e demais objetos têm a tendência de deslizar sobre os vagões. Também por ação desta aceleração centrífuga, os frisos das rodas são forçados de encontro ao trilho externo da curva, contribuindo para o seu desgaste. Em casos extremos, a força centrífuga pode atingir valores enormes a tal ponto de provocar o descarrilamento ou tombamento do veículo. Para evitar estes efeitos desagradáveis, inclina-se a via férrea nas curvas. Com este procedimento, o trilho externo fica elevado em relação ao trilho interno e um veículo ao transpor uma curva, o faz de forma inclinada de forma a compensar, no todo ou em parte, a ação da aceleração centrífuga. A diferença de altura entre o trilho interno e externo é chamada de superelevação. Segundo a ABNT, sua definição é: “Superelevação: é a inclinação transversal dada à via férrea para contrabalançar os efeitos da força centrífuga. Em resumo, porque a superelevação é necessária?
Evitar os choques que de outra maneira se produziriam nas entradas e saídas das curvas. Estes choques são desagradáveis para os passageiros e prejudiciais para os materiais da via e dos veículos, que são tanto maior quanto mais elevada for a velocidade do veículo.
Obter um desgaste equivalente em ambas as filas de trilhos.
Impedir o excessivo trabalho de fixação (grampo, elástico ou tirefonds e pregos) do trilho externo e a tendência ao tombamento deste trilho em função da força centrífuga.