Pensamento Econômico
No seio familiar típico do ocidente, a cultura patriarcal é baseada na crença mística de que a mulher surgiu do homem para simplesmente lhe fazer companhia. Assim, a mulher veio cumprir seu papel de companheira, de alento para os dias difíceis do homem; já nasceu dependente dele, veio da sua costela não como sujeito individual que pudesse ter idéias próprias, decidir, ser autônoma, mas com a doçura e a candura de quem está pronta para servir ao seu senhor (LOPES, 2010. Citado por SILVA, 2011).
Dessa maneira, é engendrada a naturalidade da aceitação cultural do lugar da mulher e do homem na sociedade, trazendo aos dias de hoje, a correlação de hierarquia do poder entre os gêneros. Há estereótipos sexuais.
O processo educacional da população em relação ao gênero implica que sejam entendidas como uma construção social baseada na diferenciação biológica dos sexos, expressa através de relações de poder e subordinação, representada pela discriminação de funções, atividades, normas e condutas esperadas para homens e mulheres em cada sociedade.
A composição do papel sexual imposto para os homens, que no âmbito familiar corresponde ao pai, revela este como o “cabeça” da família e, portanto, lhe é atribuído o direito de aplicar as medidas que considere necessárias para preservar e reforçar sua autoridade sobre a esposa e filhos e manter a unidade familiar, fundamentada no medo. Nesta mesma estrutura, a mulher ocupa um papel secundário, já que muitas vezes depende economicamente de seu companheiro.
Dentro desses hábitos machistas, a presença da violência doméstica, especialmente a conjugal, tornou-se um fenômeno sócio-cultural. A partir da Constituição Federal, de 1988, homens e mulheres, passaram a ser considerados iguais perante a Lei. As mulheres