Pensamento de Montaigne
A França católica ( As guerras de religião ) 1562 – 1598
Protestantes
X
Católicos
A descoberta de outro
Chegada na américa
Os povos indígenas
Comparação entre os dois
Condenação da guerra religiosa
Quem é mais bárbaro ?
# O europeu
Relativização cultural
Cada um julga o outro bárbaro
“(…) não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra. (…) Não me parece excessivo julgar bárbaros tais atos de crueldade [o canibalismo] , mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois de morto; e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-lo a cães e porcos, a pretexto de devoção e fé, como não somente o lemos mas vimos ocorrer entre vizinhos nossos conterrâneos; e isso em verdade é bem mais grave do que assar e comer um homem previamente executado. (…) Podemos portanto qualificar esses povos como bárbaros em dando apenas ouvidos à inteligência, mas nunca se compararmos a nós mesmos, que os excedemos em toda sorte de barbaridades.”
(MONTAIGNE, Michel Eyquem de, Ensaios, São Paulo: Nova Cultural, 1984).
Questão 58:
Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592) compara, nos trechos, as guerras das sociedades Tupinambá com as chamadas “guerras de religião” dos franceses que, na segunda metade do século XVI, opunham católicos e protestantes.
“(…) não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra. (…) Não me parece excessivo julgar bárbaros tais atos de crueldade [o canibalismo] , mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois de morto; e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e