pedofilia
Não que seja fácil. Primeiro é necessário avaliar o arsenal disponível, explicam. Nos EUA, a injeção de hormônios que impedem ereções, associadas a monitoramento e divulgação sobre a circulação do pedófilo egresso do sistema prisional na comunidade é um modelo que tem sido aplicado pela Justiça aliada com a saúde _tem seus críticos. Na Dinamarca, lembra Cohen, houve a opção por uma redução de danos para indivíduos que ainda estão sob custódia do Estado, como a distribuição de material pornográfico adulto (obviamente que legal) _o que também tem suas críticas. Psicoterapia e outros tratamentos podem contribuir.
É preciso, inclusive, pensar na alocação desses ofensores sexuais, explicam os psiquiatras. Pedófilos e estupradores não podem estar com outros presos sob custódia do Estado que têm outros transtornos mentais, como a esquizofrenia, explica Paulo, pois isso pode expor os outros doentes à violência sexual.
Segundo Cohen, é preciso estabelecer um fluxo de pessoas com esses transtornos dos estabelecimentos do sistema prisional para a saúde. Hoje já é feito em outros casos de ofensas sexuais, como o incesto. Em São Paulo, os fóruns encaminham acusados para o CEARAS, da Faculdade de Medicina da USP, um centro de