Pedofilia

Pedofilia

Introdução
A violência sexual praticada contra a criança e o adolescente é um assunto sério e bastante delicado. Ele inclui um grupo integrante de possíveis molestadores de crianças que merece uma atenção especial, composto por indivíduos portadores de uma grave patologia – a pedofilia. Nos dias atuais, o assunto tem ocupado crescente espaço na mídia.
O jornal Correio Braziliense, por exemplo, na reportagem denominada
“No topo da degradação”, publicada em 28 de julho de 2010, mostrou que o Brasil está entre os quatro países do mundo com o maior volume de compartilhamento de imagens e vídeos relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes, atrás apenas de Alemanha, Espanha e
Inglaterra. Conforme dados do mesmo periódico, a Polícia Federal, ao deflagrar a Operação Tapete Persa – o desdobramento de uma operação feita pela Polícia Alemã –, prendeu 21 pessoas em flagrante por posse de material pornográfico infantil, sendo que 30% delas seriam indiciadas por estupro de vulnerável – um número recorde em casos de pedofilia.
O fenômeno da pedofilia é multifacetado, interdisciplinar e complexo. Seu estudo envolve médicos, psicólogos e operadores do direito. A doença, de difícil diagnóstico, não tem o seu tratamento incentivado no nosso país. Ao contrário, a utilização de termos equivocados como “castração hormonal” denotam uma concepção equivocada da sociedade brasileira sobre o assunto.
Apesar de sua complexidade, a pedofilia e seus contornos precisam ser enfrentados por toda a sociedade, uma vez que, ao pôr em prática seus instintos, o pedófilo comete uma das mais graves violações dos direitos humanos das crianças e adolescentes, cujas consequências costumam perdurar durante toda a vida.
Assim, apesar de não ser um assunto novo, a pedofilia precisa ser revisitada e abordada de forma científica e crítica, com vistas a seu combate efetivo neste início de século XXI.
O objetivo geral deste trabalho é descrever os