Pedagogia

ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NO BRASIL

Diante da crescente desvalorização do professor diante do sistema educacional vigente, há um questionamento sobre a participação do Magistério no processo de transformação do defasado sistema. Qual o nível da responsabilidade sobre a educação? E o papel direto da sociedade e do Estado? As respostas dessas questões são uma das bases da disciplina de Estrutura e Funcionamento da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

Existe um enorme caminho para a totalidade da educação: da formulação dos conteúdos e planejamento do ensino até a ministração das aulas. No contexto atual, com uma sociedade burguesa, a estagnação do professor no último estágio desse caminho tende a desvalorizar o papel do magistério. Pode-se perceber que essa desvalorização atinge o professor até mesmo na sala de aula, tais fatos são visíveis. Necessita-se de um resgate do auxílio do professor nos estágios iniciais da concepção dos métodos e conteúdos ministrados. O professor precisa realçar suas posições lógicas e filosóficas, fazer valer o pensar para atuar no processo de produção do ensino-aprendizagem. Quando há um relaxamento do docente em relação à participação mais efetiva nessa fase decisiva do processo, ele contribui para a perda do valor do seu próprio trabalho, o que pode ser manifestado nos âmbitos sociais e salariais.

A vontade e a mobilização são passos importantes para o vencimento dessas condições, mas não são os únicos: exige-se dos professores que se rompa com a acomodação ou medo que resulte numa não produção tecnológica-científica necessária; exige-se também que haja uma efetiva e real participação e conhecimento das fases administrativas, legais e burocráticas; e, também, que o magistério volte a ter um prestígio social condizente com a sua importância, sendo isso resultado de uma construção ética. A Estrutura e Funcionamento da Educação infantil e do Ensino Fundamental tem esses pontos como sua função primeira.